Governo central tem superávit primário de R$ 31,069 bilhões em janeiro

Esse foi o melhor desempenho para o mês da série histórica

Agência Estado
27 fev, 2018 15h22

Ajudado pelo crescimento das receitas, o governo central registrou um superávit primário de R$ 31,069 bilhões em janeiro, o melhor desempenho para o mês da série histórica, que teve início em 1997.

O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, sucede o déficit de R$ 21,029 bilhões de dezembro. Em janeiro de 2017, o resultado havia sido um superávit de R$ 18,005 bilhões.

O resultado de janeiro ficou acima das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um superávit de R$ 24,500 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 17 instituições financeiras. O dado do mês passado ficou acima até do intervalo das estimativas, que foram de superávit de R$ 17,000 bilhões a R$ 31,100 bilhões.

Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 113,6 bilhões – equivalente a 1,69% do PIB. Para este ano, a meta fiscal admite um déficit de até R$ 159 bilhões nas contas do governo central.

As contas do Tesouro Nacional – incluindo o Banco Central – registraram um superávit primário de R$ 45,523 bilhões em janeiro. Em janeiro, o Banco Central teve um déficit de R$ 173 milhões. Já o resultado do INSS registrou no mês passado um déficit de R$ 14,454 bilhões, o pior resultado para o mês da série histórica, que tem início em 1997.

Receitas

O resultado de janeiro representa alta real de 10,7% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas também cresceram acima da inflação, com alta de 1,6%.

O caixa do governo federal recebeu R$ 3,6 milhões em dividendos pagos pelas empresas estatais em janeiro, cifra 94,1% menor do que em igual mês do ano passado, já descontada a inflação.

Já as receitas com concessões totalizaram R$ 423,6 milhões em janeiro, alta real de 17,0% ante o primeiro mês de 2017.

Investimentos totais

Os investimentos do governo federal tiveram alta nominal de 24,2% em janeiro de 2018, para R$ 1,489 bilhão no primeiro mês de 2018. O maior volume, no entanto, veio de restos a pagar – despesas de anos anteriores que foram transferidas para o exercício deste ano -, que foram R$ 1,487 bilhão.

Os investimentos no Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram R$ 688 milhões em janeiro, queda real de 14,7% ante igual mês do ano passado.

Despesas executadas

As despesas do governo atingiram 7,39% do teto de gastos no primeiro mês do ano. Neste ano, as despesas sujeitas ao teto de gastos aprovado pela Emenda Constitucional 95 têm um limite de crescimento de 3%.

Diferentemente dos meses anteriores, o Tesouro Nacional não divulgou a taxa de crescimento dessas despesas em janeiro.

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